O Brasil vem demonstrando números alarmantes de intolerância religiosa nos últimos anos. As maiores vítimas, como era de se esperar, são aquelas que professam fé advinda de religiões de origem africana.
Só durante 2015 até o primeiro semestre do ano de 2017, o país registrou uma denúncia pelo crime a cada 15 horas. Os ataques vinham das formas mais variadas. Invasão de templos ou terreiros, agressão verbal, ataques incendiários e tentativas de homicídio.
As religiões de origem africana foram vítimas de 39% dos crimes cometidos durante aquele período. Sendo 26 denúncias feitas por praticantes da umbanda, 22 por seguidores/as do candomblé e outras 18 feitas por praticantes de outras religiões de matrizes africanas.
No Espírito Santo o cenário não é diferente. Crimes de intolerância religiosa por aqui eram comuns durante o período analisado. Várias instituições espíritas e de origem africana foram apedrejadas no Estado. Os pontos mais atingidos foram os municípios de Barra de São Francisco e Serra.
Os dados escancaram a realidade vivida por milhões de brasileiros/as, não só pela fé, mas também pela raça/etnia. A campanha de Gestão do triênio 2017-2020 do CFESS-CRESS “Assistentes Sociais no Combate ao Racismo” traz a tona que muitas vezes a motivação do crime de intolerância religiosa acontece pelo preconceito racial.
Com o cartaz “Minha fé não é motivo para sua violência” enfatiza a discussão, levando em consideração o número de denúncias realizadas em todo o Brasil durante o período analisado e lembrando também que o preconceito mira o gênero.
Mulheres negras são as vítimas de: 58, 86% de violência doméstica, 53,6% de mortalidade materna, 65,9% de violência obstétrica, 68,8% de mulheres mortas por agressão e 56,8% de estupros.
Nota-se que a intolerância religiosa abrange várias áreas da convivência humana e devemos enfrentá-la diariamente em nosso cotidiano e no exercício profissional. O combate ao ódio deve ser diário e ferrenho, para que a igualdade possa um dia existir, de fato, em nosso país, alterando todas as estruturas de opressão e exploração. O ódio e o preconceito não devem ter lugar em nenhuma sociedade e, principalmente, em um estado que se proclama laico.
Fotos: Rodrigo Gavini
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