O dia 25 de julho é a data em que celebramos do Dia Internacional da Mulher Negra Latina-Americana e Caribenha e, aqui no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza foi uma líder quilombola que dirigiu o quilombo do Quariterê, localizado em Mato Grosso, e assim como diversas mulheres negras, em nosso país, teve seu papel na história invisibilizado.
Celebrar essas datas é reconhecer a importância das mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais para nossa sociedade. Oportunidade a mais para refletirmos e fortalecermos nossas organizações, assim como para voltar nossas atividades em prol das lutas dessas mulheres.
Em nosso país, onde a maior parte da população é negra e feminina, sabemos o quanto a opressão e exploração têm cor e gênero. Consequências também visíveis nos retrocessos recentes que sofremos no campo dos direitos sociais, como a contrarreforma da previdência, a redução no orçamento das políticas de educação, de saúde e de assistência social, além de constante desmantelamento de serviços públicos, de políticas sociais e de programas de saúde.
Também apontamos o retrocesso político do Estado brasileiro, no campo dos direitos das mulheres, que se traduz no aumento da violência, inclusive institucional, em especial sobre mulheres negras e pobres.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo, mostram que as mulheres brancas recebem 70% a mais que mulheres não-brancas. Na pesquisa “Potências (in)visíveis: a realidade da mulher negra no mercado de trabalho”, publicada em novembro de 2020, os dados apontam que 54% das trabalhadoras negras entrevistadas não exercem trabalho remunerado.
Outro dado aponta que 72% das mulheres negras não foram lideradas por outras mulheres negras durante toda sua experiência profissional.
E quando o assunto é violência, a situação é ainda mais grave. Dados do “Monitor da Violência”, com o levantamento feito pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que 73% das mulheres assassinadas no primeiro semestre de 2020, no Brasil, eram negras.
Esses números reforçam o quanto é importante ressaltar a luta das mulheres negras. São Terezas, Dandaras, Carolinas e Marielles, assim como tantas outras mulheres, que dedicaram e ainda dedicam suas vidas à luta por direitos. E cada conquista deve ser celebrada!
Aproveitamos, ainda, para convidar a todas/os para conferirem alguns conteúdos já produzidos pelo CRESS-ES e pelo CFESS sobre a data de hoje e sobre a luta das mulheres negras.
Na entrevista publicada no site do CRESS-ES, em julho de 2019, as assistentes sociais Giselle Ribeiro e Meyrieli de Carvalho Silva respondem como é ser uma mulher negra, atualmente. Em seus relatos, elas reforçam o quanto desafiam, diariamente, essa sociedade machista e racista. É na luta diária que elas constroem sua representatividade e nos ajudam a lembrar que a resistência continua. Confira! >> http://www.cress-es.org.br/dia-25-de-julho-e-celebrado-o-dia-internacional-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha/
Em julho de 2020, o CRESS-ES preparou um conteúdo especial a partir da data celebrado em 25 de julho. Em virtude do racismo e do machismo, elementos que estruturam as relações na nossa sociedade, mulheres negras sofrem uma série de opressões ao buscarem acesso às políticas públicas. Enquanto assistentes sociais, é fundamental não reproduzir tais opressões; e enquanto classe trabalhadora, organizar-se coletivamente pela vida das mulheres negras. Confira >> http://www.cress-es.org.br/preciso-considerar-ao-atender-mulheres-negras/
E o CFESS produziu um material especial sobre racismo, dentro da série “Assistente Social no combate ao preconceito”. Confira >> http://www.cfess.org.br/js/library/pdfjs/web/viewer.html?pdf=/arquivos/CFESS-Caderno03-Racismo-Site.pdf
Fontes:
https://jornal.usp.br/radio-usp/dados-do-ibge-mostram-que-54-da-populacao-brasileira-e-negra/
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2020/09/feminicidio-2020-mulheres-negras/
https://nosmulheresdaperiferia.com.br/noticias/negras-no-mercado-de-trabalho/
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