Um Grupo de Trabalho (GT) organizado pela professora doutora Yolanda Guerra junto aos CRESSs da Região Sudeste buscou por números e dados que apontam o quanto a Pandemia da Covid-19 acirrou as condições de trabalho de Assistentes Sociais pelo país, indo além das consequências oriundas do trabalho remoto e da sobrecarga laboral, e ampliando as já excessivas requisições institucionais indevidas, com uma propulsão de demandas e solicitações que ultrapassam as funções dessas/es profissionais, principalmente na área de saúde.
A partir das atividades realizadas pelo GT junto ao CRESS/ES foram produzidos e publicados dois artigos, por três assistentes sociais que atuam no Conselho e que fizeram parte do GT: Camila Lopes Taquetti (assessora em Serviço Social), Raquel Araújo Martini e Sislene Pereira Gomes (agentes fiscais).
O primeiro deles, escrito por Camila e Sislene, traz como título “Impactos da Pandemia no Exercício Profissional de Assistentes Sociais na Política de Saúde no Espírito Santo”, e foi apresentado no XVII Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS); enquanto o segundo, escrito e apresentado pelas três assistentes sociais, foi aceito no 16º Encontro Nacional de Política Social (ENPS), intitulado “Requisições indevidas ao serviço social durante a pandemia”.
Juntas, elas responderam a quatro questões sobre essa experiência. Confira logo abaixo.
Como surgiu o interesse em produzir os artigos sobre os impactos da pandemia nas/os trabalhadoras/es da Política de Saúde no Espírito Santo?
Partiu da provocação do próprio Grupo de Trabalho (GT) em divulgar as informações das Cofis do Sudeste a respeito da intensificação de requisições indevidas aos assistentes sociais no contexto de pandemia. Sendo que, no Espírito Santo, nota-se um importante aumento de requisições nos serviços da política de saúde. Portanto, esta foi a ênfase dos artigos publicados.
O que vocês tiram de conclusões a partir desses dados?
Vale ressaltar que se trata de um estudo preliminar, que ainda está em construção, e as informações ainda estão sendo coletadas e analisadas. Todavia, percebe-se que a pandemia desvelou uma série de fragilidades já vivenciadas pelo Serviço Social nos diversos espaços sócio-ocupacionais, mas que se adensaram nesse contexto de emergência, gerando maior procura dos profissionais ao CRESS.
É possível afirmar que as/os trabalhadores assistentes sociais da área de saúde sofreram mais com a Pandemia?
O que podemos afirmar é que as/os profissionais da área da saúde foram os que mais acionaram o CRESS/ES no contexto da Pandemia. Nesses contatos, foi possível identificar que estes vivenciaram situações como: hierarquização entre as categorias para acesso dos EPIs, na fase inicial; perda da infraestrutura de trabalho para espaços improvisados que, em alguns casos, se mantém até o momento; entre outros aspectos. O impacto à nossa categoria contribuiu para uma tendência à desprofissionalização da nossa ação interventiva.
E de que forma o CRESS/ES pode atuar para contribuir na redução desses impactos?
Na defesa da profissão, por meio da orientação individual e coletiva, da fiscalização, da notificação das instituições, da articulação com outras instituições e do posicionamento público ao denunciar essa realidade e, quando necessário, remetendo aos órgãos competentes. Mas vale ressaltar que a categoria deve assumir formas de organização que confrontem as imposições institucionais de forma coletiva. Temos registrado, em visitas às instituições, que o Serviço Social não tem instituído nem mesmo reuniões de equipe para realizarem um alinhamento de trabalho e planejamento, por exemplo. E isso reflete na ausência de auto-organização, indispensável para enfrentamento dos desafios do mundo do trabalho, especialmente os que mais impactam a profissão.
Confira os artigos publicados:
XVII ENPESS >> “Impactos da Pandemia no Exercício Profissional de Assistentes Sociais na Política de Saúde no Espírito Santo”
16º ENPS >> “Requisições indevidas ao serviço social durante a pandemia”
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