No dia em que o golpe faz 50 anos, Conselho Federal convida assistentes sociais a participarem de projeto que reunirá depoimentos em nova publicação
(arte: Rafael Wekerma)
O dia 31 de março marca os 50 anos do golpe militar no Brasil. A data registra o início de um Estado repressivo, torturador e opressor, que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985. Durante os anos de repressão, vários sujeitos, numa histórica trajetória de lutas sociais, sofreram tortura e morreram em defesa da liberdade, da justiça social e da revolução. Muitos ainda estão desaparecidos. Por isso, resgatar essa história é necessário, não só para que não se percam as conquistas dessas muitas lutas e resistências, mas também para a mudança do presente e do futuro.
É nesse contexto que o CFESS convida novamente assistentes sociais que sofreram violações de direitos durante a Ditadura a contribuírem com o projeto Serviço social, memórias e resistências contra a Ditadura Militar, que vai retirar do anonimato e coletar depoimentos de profissionais do serviço social.
A presidente do CFESS, Sâmya Ramos, ressalta que o serviço social não pode se calar diante da violação de direitos humanos e arbitrariedades cometidas no período da ditadura, iniciada em 31 de março de 1964. “Neste marco dos 50 anos deste terrível acontecimento, conclamamos assistentes sociais a participarem deste projeto e contribuírem para a denúncia e registro da memória histórica deste momento de terror da sociedade brasileira”, destaca a conselheira.
Resultado das deliberações do eixo Ética e Direitos Humanos do 41º Nacional CFESS-CRESS, e impulsionado pela Campanha de Gestão (2011-2014) Sem movimento não há liberdade, o projeto tem como uma de suas finalidades a organização dos depoimentos de assistentes sociais em um livro, que será entregue à Comissão Nacional da Verdade em 2014.
Como participar
Se você é assistente social, vivenciou o período da Ditadura Militar (1964-1985) e sofreu violações de direitos em decorrência do momento político do país, veja como participar:
Passo 1
Passo 2
Preencha-o respondendo, em até 6 laudas (15 mil caracteres), as seguintes questões:
1. Nome completo:
2. Universidade em que estudou:
3. Que tipo(s) de violência(s) sofreu?
4. Como aconteceu? Onde? Quando? (descreva o fato)
5. À época, participava de algum movimento ou partido de resistência? Qual?
6. Chegou a ser preso(a), exilado(a), demitido(a) ou perseguido(a)?
7. Se sim, sob qual alegação?
8. Cumpriu pena? Onde?
9. Você denunciou os fatos e violações ocorridas? Para quem?
10. Buscou a Justiça para ser reparado(a)?
11. Recebe alguma reparação do Estado? Espera receber?
12. Como as violações rebateram em seu cotidiano profissional?
13. Deixe uma mensagem para estudantes de serviço social e assistentes sociais que não vivenciaram o período da Ditadura, abordando a importância de se resgatar a memória da luta contra o Regime Militar.
Passo 3
Salve o arquivo e envie para o e-mail memoriaeresistencia@cfess.org.br
Passo 4
Se tiver interesse, envie também fotos e outros documentos que registrem o momento histórico que vivenciou.
Fonte: CFESS.
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