A assistente social e mestra em Política Social pela UFES, Pollyana Tereza Ramos Pazolini, também é uma das entrevistadas para a série especial do CRESS/ES em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latina Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho.
Ao todo, três assistentes sociais foram convidadas pela gestão “É preciso estar atenta e forte” para conversar sobre a importância dessa data para elas entre outras questões que envolvem as referências delas de mulheres negras, latinas e caribenhas e de como esse contexto contribui para o trabalho.
Confira a conversa que tivemos com a assistente social Alineane Barbosa Nascimento >> clique aqui
Para Pollyana, que atualmente trabalha na Unidade de Estratégia de Saúde da Família da Barra do Jucu, em Vila Velha (PMVV), a data celebrada no dia 25/07 “remete a acreditar na potência da luta das mulheres negras”, reforçando que a “homenagem a Tereza Benguela nos lembra todo ano como a história negligencia e oculta lideranças como ela”. Afinal, no mesmo dia também é celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
A conversa segue logo abaixo. Confira!
O que é ser uma mulher negra, latina e caribenha?
É uma pergunta que não deveria ser difícil, mas é. Porque, primeiro, é preciso ser reconhecer nesse lugar, e não é um processo fácil. Diria que ainda estou no caminho.
Quais mulheres te ajudaram a construir essa referência ou quais são as referências para você quando pensa nessa mulher negra, latina e caribenha? E por que elas?
Apesar de vir de uma família de mulheres negras incríveis, minhas referências foram construídas a partir da minha formação em Serviço Social. Quem contribuiu muito nesse processo foram companheiras que tive a oportunidade de dividir alguns espaços da profissão, como Suelen Cruz, Meyriele Carvalho e Sá Moraes.
Essas referências também te acompanham e te ajudam a pensar e a realizar o trabalho de Assistente Social? De que forma?
Além das assistentes sociais que citei acima, também tenho como referências as teóricas Carolina de Jesus, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e bell hooks. Todas essas mulheres contribuem para minha análise de realidade e, a partir disso, pensar minhas intervenções, principalmente no que diz respeito ao lugar subalternizado das mulheres negras e como isso reverbera dentro das instituições que atuo. É nítido no meu cotidiano de trabalho que as mulheres negras protagonizam os piores indicadores de violência e situação de pobreza.
O Dia da Mulher Negra Latina-americana e Caribenha traz quais significados para você?
Este dia me remete a acreditar na potência da luta das mulheres negras! A homenagem a Tereza Benguela nos lembra todo ano como a história negligencia e oculta lideranças como ela. É preciso olhar a história a partir de outro prisma. Há luta e resistência neste país!
E você também se enxerga como referência a outras mulheres?
Não sei… Talvez sim… Esse lugar da “mulher guerreira” (trabalhando muito para garantir o mínimo para as necessidades sociais), imputado a nós, acaba nos levando a esse lugar de referência para muitas. Mas também tem o fato de eu ser uma das poucas mulheres da minha família a ter curso superior e a única com mestrado. Enfim… essa pergunta é muito difícil.
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