Há tempos ouvimos que a depressão é a “doença da alma”, o “novo mal do século”, é “falta de Deus”. Constantemente ouvimos que “o problema do século é a depressão!”. Mas o que isso representa? Qual é o problema central que se esconde na manifestação do sofrimento dos indivíduos, especialmente nos dias atuais?
Vivemos em nosso cotidiano condições herdadas de um passado marcado pela exploração, pela escravidão, pelo patriarcado, e que se perpetuam e ganham outras formas de expressão na realidade contemporânea. A política neoliberal tem aprofundado essas expressões da estrutura da sociedade brasileira e colocado na ordem do dia a contrarreforma do Estado, a reconfiguração das políticas sociais e o aprofundamento do pensamento conservador.
Esse cenário caótico traz impactos sérios na saúde mental da população. A racionalidade neoliberal submete nossa subjetividade a uma lógica individualista, competitiva e que nega a solidariedade. Fruto disso é um aprofundamento do sofrimento coletivo. Contudo, as saídas apontadas caminham cada vez mais para uma perspectiva individualizante. Muitas vezes sob o discurso de um “autocuidado”, reforçamos a responsabilização do indivíduo no cuidado da saúde mental sem realizar uma reflexão crítica do que isso representa.
No dia de hoje, 10 de outubro, quando se celebra o Dia Mundial da Saúde Mental, reforçamos a defesa de um sistema público de saúde e da luta contra o neoliberalismo. Destacamos a importância da organização coletiva no fortalecimento das lutas sociais que rompa com a ideologia neoliberal. Ideologia essa que embute uma lógica de isolamento dos sujeitos. É necessário reconhecer nossa força e prática revolucionária no encontro com o outro. Afinal, ninguém solta a mão de ninguém.
Diante desse cenário chamamos a categoria para os encontros que visem unir forças para o fortalecimento de ações em defesa do SUS, da Reforma Psiquiátrica e das condições de trabalho dos\as assistentes sociais, na perspectiva de responsabilização do Estado na condução das políticas sociais e contra as diversas modalidades de privatização da saúde.
Por fim, que sigamos inspiradas/os através da música, ocupando os espaços de lutas e dos bons encontros…
“Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes. Se isso é sobre vivência, me resumir a sobrevivência.
É roubar o pouco de bom que vivi.”¹
Que a dor não roube nossas vozes insurgentes!
* Artigo escrito por Pollyana Pazolini, conselheira presidenta do CRESS 17ª Região.
¹ Música: AmarElo (part. Majur e Pabllo Vittar) – Emicida.
Na próxima segunda-feira, dia 25 de janeiro, o atendimento remoto do CRESS-ES estará com período reduzido, funcionando das 12h30 às 16h30. Os/As trabalhadores/as do CRESS-ES farão a primeira reunião de 2021, nesse dia, das 16h30 às 18h30. Você pode conferir todas as reuniões dos/das trabalhadores/as, para o a no de 2021, na agenda do CRESS-ES […]
22/01/2021 as 11:31
O CFESS lançou nesta quarta-feira (20/1) o Plano de Metas e Planejamento Orçamentário 2021 da entidade. O documento, disponível no Portal Transparência do CFESS, apresenta a síntese do conjunto de ações que o Conselho Federal pretende realizar neste ano, elaborado a partir de um debate virtual coletivo com os CRESS e a com categoria de assistentes sociais […]
21/01/2021 as 9:35
O Brasil é um país laico. Ou seja, não há uma religião oficial. E, segundo nossa Constituição, toda cidadã e todo cidadão pode manifestar livremente suas crenças e seus cultos, assim como também não tem a obrigatoriedade de exercê-los. O nosso país abriga as mais diversas religiões, com diferentes tradições e doutrinas. Entretanto, apesar do […]
21/01/2021 as 8:15
O Conselho Regional de Serviço Social 17ª Região (CRESS-ES), por meio da Comissão de Formação e Trabalho Profissional, vai realizar, no dia 11 de fevereiro, a partir das 9 horas, o Fórum Estadual de Supervisão de Estágio em Serviço Social do Espírito Santo. A atividade, que será de forma remota, está com inscrições abertas, e […]
18/01/2021 as 12:26