Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar. (Bertold Brecht)
O ataque a uma boate LGBT em Orlando/EUA revelou a face mais perversa da intolerância. Vidas interrompidas, extrema violência. Relatos dos familiares do assassino indicavam uma irritabilidade dele em face das expressões afetivas entre pessoas do mesmo sexo. A barbárie em Orlando chocou o mundo. Mas Orlando, também é aqui.
Entre a maioria da população, é comum o sentimento de indignação em relação ao assassinato de pessoas homossexuais motivado ou potencializado pelo preconceito. Esse sentimento se justifica pela nossa formação sócio-cultural, que se fundamenta numa orientação judaico-cristã, contudo, outras formas de violência são realizadas cotidianamente, muitas delas nem chegam a ser reconhecidas como violência, embora também possam ferir, mutilar e matar, como ocorre, por exemplo, com os/as adolescentes expulsos de casa em função de sua homossexualidade, as lésbicas constrangidas no ambiente comercial por demonstrar afeto, os gays que apanham de desconhecidos em via pública, as travestis que quase nunca são selecionadas para uma vaga no mercado de trabalho, os transexuais que não possuem serviços de saúde que atendam suas necessidades particulares.
A problematização política destas circunstâncias produziram as demandas que compõem o contínuo de reivindicações históricas, permeadas por avanços e retrocessos na luta pela superação das desigualdades entre os sexos e as sexualidades. Desde o episódio no bar Stonewall, em 28 de junho de 1969, onde os/as LGBT resistiram às freqüentes perseguições da polícia de Nova York, a idéia do orgulho gay se espraiou mundialmente no intuito de enfrentar as constantes violações sofridas pelo segmento LGBT. O 28 de junho é, portanto, considerado um marco da luta pela dignidade das pessoas LGBT, na perspectiva da igualdade de direitos. Trata-se do direito de amar, de existir e de ser feliz.
O que antes era motivo de vergonha, hoje deve ser motivo de orgulho! Este é o significado do 28 de junho. Agora, a identidade LGBT, mais que identidade afetivo-sexual é uma identidade política, protagonista de sua história e das conquistas jurídicas e sociais em curso no Brasil e no mundo.
Enquanto profissionais Psicólogos/as e Assistentes Sociais, cabe-nos o desafio da construção de novos paradigmas, pautados em valores éticos e políticos que privilegiem o respeito à diversidade como um componente humano. É necessário falar sobre os preconceitos na formação e no exercício profissional, como uma experiência educativa e transformadora.
No campo da luta pela igualdade de direitos, o Fórum de Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Espírito Santo se coloca em defesa da livre orientação sexual e identidade de gênero.
Vitória, 28 de junho de 2016.
Valdécio Carlos da Silva Júnior – assistente social do Tribunal de Justiça e coordenador da FASP.
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