As mulheres vivenciam diversas violências cotidianamente. Algumas elaboram estratégias, buscam redes de apoio, sejam institucionais, afetivas ou comunitárias, denunciam e se mobilizam. Outras, com todo o peso do patriarcado, não conseguem perceber as violências infligidas sob seus corpos, desejos e autonomia. Uma data para reivindicarmos uma vida sem violências para todas as mulheres é importante para desnaturalizá-las, permanecermos mobilizadas e alcançarmos outras mulheres.
A data foi construída em memória às irmãs Mirabal – Pátria, Minerva e Maria Teresa – conhecidas como “borboletas”, que foram assassinadas violentamente na República Dominicana, em 1960.
Em um contexto ultraliberal e conservador, a estrutura patriarcal-racista-capitalista pesa ainda mais sobre nossas vidas e em nossa desproteção social, em um cenário de graves retrocessos no legislativo, de defesa do armamento da população, do desfinanciamento das políticas públicas, do adensamento do fundamentalismo religioso que atinge diretamente nossa autonomia sexual e reprodutiva, e da intensificação do índice de violências contra as mulheres, cada vez assumindo contornos mais bárbaros e desumanizadores.
Ao mesmo tempo em que as políticas públicas são enfraquecidas, potencializa-se a sede por um Estado penal policialesco que permanece executando seu projeto de genocídio da população negra e jovem e, ainda, eleva seus níveis de encarceramento. As mulheres negras sofrem a perda de seus entes ou tornam-se “presas extra-muros”, por continuarem acompanhando seus familiares na prisão, além de permanecerem protagonizando os cuidados dos demais membros.
Segundo dados compilados pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB):
Poderíamos assinalar diversos outros dados para demonstrar a necessidade da luta antissistêmica para transformar essa sociedade. As violências assumem amplas formas institucionais ou interpessoais e precisamos, coletivamente, enfrentá-las. O enfrentamento ao racismo patriarcal precisa ser tarefa de todos e todas assistentes sociais que assumem os valores preconizados em nosso projeto ético-político, pois enfrentamos o racismo e o patriarcado no cotidiano.
O conjunto CFESS-CRESS produz uma série de orientações político-normativas sobre diferentes questões que afetam nosso exercício profissional. Com função pedagógica, produz a série “Assistentes sociais no combate ao preconceito”, que tem o intuito de “orientar e estimular assistentes sociais a uma compreensão crítica das variadas situações de preconceito que podem acompanhar os encaminhamentos cotidianos do exercício profissional, provocando a categoria a refletir sobre sua responsabilidade ética na defesa do projeto ético-político”, contando atualmente com sete cadernos.
Convidamos, especialmente nesta data, a lerem os volumes sobre machismo e racismo. Boa leitura!
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