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40 anos do Congresso da Virada

19/09/2019 as 9:46

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Há 40 anos, no dia 19 de setembro de 1979, acontecia no Anhembi, em São Paulo, o III CBAS, conhecido como o Congresso da Virada. Foi a partir desse congresso, sob a das lutas políticas democráticas que se adensavam em toda a América Latina naquele período, que o Serviço Social brasileiro passou a incorporar o referencial marxista e produzir análises teóricas em uma perspectiva de totalidade, historicidade e criticidade.

“A partir do Congresso da Virada, e no decorrer desses 40 anos, consolidamos a organização política de nossa categoria, assim como das entidades representativas da profissão, o Conjunto CFESS/CRESS, a ABEPSS e a Enesso”, aponta Pollyana Pazolini, conselheira presidenta do CRESS-ES.

O Congresso de 1979 constitui um marco de um processo histórico de renovação da profissão. A partir desse momento, começa a construção do Projeto Ético Político Profissional do conjunto CFESS/CRESS, traçados até os dias de hoje.

“É um importante marco científico, ético e político para o Serviço Social brasileiro. A partir da aproximação e do engajamento das/dos assistentes sociais com os movimentos sociais e movimentos de contestação da ditadura, vigente naquela época, nossa categoria deu uma nova perspectiva para nossa formação e cotidiano profissional”, reforça o conselheiro Rander Benedito Prates.

Mudança

Desde então, o Conjunto CFESS/CRESS, com o apoio da categoria e das demais instituições, constrói há quatro décadas uma história com ousadia, coragem e compromisso ético-político, sempre ao lado das lutas da classe trabalhadora e em defesa da emancipação humana.

“Foi a partir do congresso da virada que o Serviço Social se atualiza e se redesenha enquanto categoria de intelectuais orgânicos. Por meio das suas intervenções, combatem as arbitrariedades e as desigualdades sociais oriundas do capitalismo, visando a construção de uma nova ordem societária, sem opressão sobre qualquer ser humano”, afirma Prates.

Mas, como aponta a conselheira Pollyana Pazolini, é pela importância desses 40 anos do Congresso da Virada e de tudo que o Serviço Social e suas instituições representativas fizeram nessas quatro décadas, que é necessário reconhecer os desafios da categoria.

“Temos muitos desafios, tanto os decorrentes da mercantilização do ensino e da superprodução de profissionais dos últimos anos, com conseqüente precarização da formação; quanto com a precarização dos vínculos de trabalho e com a reconfiguração das políticas sociais. E, ao mesmo tempo, não podemos cair no risco do pragmatismo, de pensar somente dentro do que é possível. A gente deve lutar pra muito mais, para estar além do que está colocado. Precisamos sempre reforçar que nossa perspectiva é revolucionária”, lembra a presidenta do CRESS-ES.

Por isso a necessidade de sempre lembrar a importância do Congresso da Virada, para que seja possível seguir pensando em estratégias que imponham limites a toda a barbárie que está posta. “É importante para reafirmar nossos princípios, que partiram do Congresso da Virada e que se consolidaram nesses 40 anos, com um aparato normativo, com todo um projeto de formação, com regulamentações, com nosso código de ética, e com tantos outros instrumentos que nos lembram de não rebaixar nosso projeto diante dessa conjuntura. É seguir firme e forte, na luta por uma nova sociabilidade, que não seja esta, e por uma luta revolucionária”, reforça Pazolini.

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