Assembleia aprecia contas do CRESS-17 e elege delegadas/os para Encontros Descentralizado e Nacional | CRESS-17

Assembleia aprecia contas do CRESS-17 e elege delegadas/os para Encontros Descentralizado e Nacional

06/06/2016 as 5:52

Compartilhe:

Além disso, categoria analisou a conjuntura política e aprovou nota sobre o momento atual no Brasil

Delegadas/os efetivas/os e suplentes

O CRESS-17 realizou a primeira Assembleia Ordinária de 2016 na manhã do último sábado, 4. O evento foi realizado na antiga sede do Conselho, nas salas 1301 e 1302 do edifício Jusmar, na praça Getúlio Vargas, no Centro de Vitória.

As pautas do encontro incluíram a conjuntura atual e os rebatimentos na política social; a prestação de contas CRESS-17 2015; e a eleição da delegação capixaba para o 45º Encontro Descentralizado e Nacional do Conjunto CFESS/CRESS; além de informes.

A vice-presidenta do Conselho, Pollyana Tereza Ramos Pazolini, presidiu a mesa e abriu os trabalhos em segunda chamada enumerando as pautas a serem tratadas. Em seguida deu um informe sobre a greve das/dos servidoras/es de Vila Velha, explicando que os salários foram cortados e que o CRES-17 é um dos pontos para doação de alimentos que serão entregues às trabalhadoras e aos trabalhadores com vencimentos suspensos.

Além disso, Pollyana informou que a assembleia estava marcando a reabertura da ex-sede do Conselho como um espaço amplo e confortável para reuniões e atividades da categoria.

Conjuntura

Na sequência a palavra foi passada para a professora do Departamento de Serviço Social da Ufes Ana Targina que fez um panorama da conjuntura política atual do país e de como o Serviço Social está situado neste cenário.

Em seguida, a categoria apreciou, modificou e aprovou, uma nota em que defende a luta em defesa dos direitos humanos, a radicalização da democracia e se coloca contrária a qualquer tentativa de retrocesso.

A nota chama a atenção, ainda, para a “profunda crise econômica, social, ambiental e institucional que atinge as instituições que são pilares da democracia representativa burguesa e resultam em mais retirada de direitos e precarização das condições de vida da classe trabalhadora”.

Além disso, o texto critica o modelo de desenvolvimento adotado no Brasil nos governos do PT, baseado em um neoextrativismo exportador e na aplicação de uma política de ajuste recessiva. Quanto ao Governo Temer, a nota explica que se trata de uma administração reacionária que pretende ir ao extremo na retirada de direitos da classe trabalhadora em benefício do capital pela via da apropriação do fundo público.

Clique aqui e confira a nota completa.

Contas

O tesoureiro do CRESS-17, Hudson Valentim Vassoler, apresentou a prestação de contas do Conselho de 2015 e detalhou a aplicação da arrecadação por áreas, destacando a realização do planejamento coletivo em que todos sabem em que e como estão sendo utilizados os recursos.

Um dos principais pontos da prestação de contas foi o informe sobre as medidas tomadas para a redução da inadimplência com envio de e-mails de sensibilização que têm obtido bom retorno, aumentando a adimplência.

Com isso, os pontos aprovados na última assembleia foram cumpridos, como as medidas de combate à inadimplência; a destinação da antiga sede que se tornou um novo espaço para a categoria; a realização de concurso público, cujas inscrições podem ser feitas até esta segunda-feira, 06, às 23h59; e a criação de um plano de cargos e salários para os funcionários que será licitado em breve.

Durante a prestação de contas, a gestão do CRESS-17 destacou o equilíbrio das contas do Conselho e esclareceu que, apesar do esforço de contenção dos gastos, as ações políticas foram mantidas em 2015 e já estão sendo ampliadas em 2016.

Delegadas/os

Antes da definição da delegação para representar o ES no 45º Encontro Descentralizado e Nacional do Conjunto CFESS/CRESS, respectivamente em 1 e 2 de julho, em Belo Horizonte-MG, e de 14 a 16 de outubro, em Cuiabá-MT, a gestão do Conselho informou que o Estado tem direito a levar nove delegados. Em seguida, apresentou a proposta de levar quatro delegadas/os da atual gestão do CRESS-17 e cinco eleitas/os pela base. A proposta foi aprovada. As delegadas/os efetivas/os da gestão apresentadas/os foram: Michely Mezadri, Sabrina Silva, Hudson Vassoler e Vitor Carlos. Suplentes: Fábio BremenKamp, Ana Paula Brito Mozer e Pollyana Pazolini.

A partir daí, candidatas/os às cinco vagas da base se apresentaram e expuseram às/aos presentes a razão pela qual gostariam de representar a categoria. Na sequência as/os assistentes sociais votaram, cada um em cinco nomes.

As/os delegadas/os eleitas/os foram: Bárbara Leite Pereira, Patrícia, Cláudio, Andressa Veloso e Fernanda Meneghini. Suplentes: Rander Prates, Ana Cláudia, Rafaela Lima, Rafaela Assis, Izabel e Maria das Graças Ferreira.

Bárbara Leite Pereira foi a mais votada pela categoria e irá à Belo Horizonte e Cuiabá junto com o restante da delegação. Ela agradeceu a confiança da categoria. “Fiquei honrada. Levarei nossas bandeiras de luta e estou consciente da responsabilidade e importância de representar a categoria e as/os companheiras/os do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)”.

Cenário

Durante a análise da conjuntura política, a professora da Ufes Ana Targina enumerou os três projetos que existiam no Brasil no período da redemocratização: o projeto progressista, capitaneado pelo PT e por outros setores da esquerda brasileira; o projeto moderado, liderado, em especial, pelo PSDB; e o projeto autoritário, que acreditava-se estar morto, mas continuou ativo no decorrer dos anos.

Ana Targina acrescentou que, com a chegada do PT ao poder, o partido se aproximou do Centro e afastou as esquerdas. Apesar disso, para os conservadores, ainda assim, o partido continuava visto como um risco para os seus projetos, uma vez que ocorreram avanços em pontos como a realização de concursos públicos, vagas nas escolas e universidades, programas como bolsa-família, entre outras políticas.

As jornadas de junho de 2013 emergiram, no primeiro momento, como espaço reivindicatório de novos direitos e mais progressismo. Entretanto, a Direita se apropriou desse espaço e os atos passaram a ter pautas historicamente relacionadas aos movimentos das elites contra governos que as desagradavam, como a corrupção, com o discurso do ‘mar de lama’. Com a ajuda majoritária da mídia essa pauta foi disseminada como se fosse o maior problema da nação.

A partir daí começou a ficar evidente que a política de conciliação de classes promovida pelo PT rachou no primeiro mandato de Dilma. Ana Targina explicou que o movimento de Dilma para avançar em direção à redução da participação do capitalismo rentista na economia brasileira a tornou odiada. Os rentistas decidiram, então, tomar o poder para a implantação de uma agenda ainda mais neoliberal e muito mais conservadora para reduzir o estado ao mínimo para os trabalhadores e maximizá-lo ao máximo para o capital.

“A agenda do PMDB vai na direção de reduzir os gastos para um estado enxuto. Colocam em alta a meritocracia e a eficiência de maneira moralista. Querem retirar os índices mínimos de gastos para a Saúde e Educação, impondo perdas também para a Previdência. Eles contam com dois terços do Congresso e com isso podem fazer modificações na Constituição para viabilizar esse processo”, explicou.

Em seguida as inscrições foram abertas para o debate que tratou, entre outras questões, da atuação da/do assistente social nesse cenário em que as/os profissionais serão recrutadas/os para fazer a peneira dos benefícios sociais, em que haverá as mais diversas justificativas para que o apoio estatal seja negado aos que mais precisam dele.

Imprimir

Compartilhe:



endereço

Rua Pedro Palácios, nº 60, Edifício João XXIII
11º andar, salas 1103 à 1106. Centro, Vitória/ES
CEP 29015-160

Acessem:

Copyright 2017 • todos os direitos reservados ao CRESS 17 - Conselho Regional de Serviço Social 17ª Região