Convocamos as/os assistentes sociais à luta contra o fascismo | CRESS-17

Convocamos as/os assistentes sociais à luta contra o fascismo

20/10/2018 as 12:11

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“Resgatando o passado, contribuímos para nossas ações presentes e futuras”

No ano de 2012 assistentes sociais reunidas/os no 41º Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS deliberaram por realizar um levantamento nacional de depoimentos e histórias de assistentes sociais que sofreram violação de direitos em função da ditadura, considerando a descomemoração dos 50 anos do golpe militar no Brasil e reconhecendo a participação de muitos/as assistentes sociais e estudantes de Serviço Social na luta coletiva de resistência à ditadura. Essa deliberação culminou no Projeto Serviço Social, Memórias e Resistência contra a Ditadura Militar.

Em 2018 vivenciamos uma conjuntura e um processo eleitoral que nos coloca diante de uma ameaça às liberdades democráticas no país. Neste contexto, somos convocadas/os a revisitar o material produto deste Projeto e reafirmar nossos princípios éticos pela “defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida” e peladefesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo”. Esses princípios estão intrinsecamente articulados com os demais e tem a liberdade como valor ético central, “palavra que tanto inspirou a luta de milhares de pessoas contra o regime militar no Brasil”.

A Gestão “Tempos de Resistir” reconhece o legado dessa profissão, fruto de muita luta, resistência e compromisso ético-político com as demandas da classe trabalhadora, tendo como horizonte a construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, raça/etnia e gênero. Nas últimas décadas, diversas assistentes sociais passaram pela direção desta entidade e contribuíram para constituição de um projeto profissional crítico e para realização de um exercício profissional respaldado por efetivas condições éticas e técnicas.

A construção de um projeto profissional comprometido com a defesa da democracia e com a defesa intransigente dos direitos humanos é fruto de um amadurecimento intelectual e da produção de um conhecimento crítico no interior da profissão. Assim, em um processo eleitoral marcado pela propagação de desinformação (fake news), demarcamos a relevância da apreensão da teoria social crítica, do compromisso com o aprimoramento intelectual e de uma qualificação humana que busque desvendar os fenômenos para além da aparência.  

Nessa direção, reafirmamos nosso posicionamento sobre a necessidade de refletir criticamente acerca das nossas escolhas políticas, a partir da realidade concreta, ao mesmo passo em que não podemos limitar nossa participação política ao foro eleitoral. Considerando nossa campanha do triênio “Assistentes Sociais no combate ao racismo” e todas as bandeiras de luta da profissão, convocamos a categoria ao enfrentamento diuturno ao fascismo, que abarca o autoritarismo, à lógica armamentista e o extermínio de segmentos da população mais pauperizada, em especial, mulheres, negros/as e LGBTs.

No cotidiano, no exercício profissional com qualidade e nas lutas sociais construímos e buscamos transformar a realidade porque são Tempos de Resistir e Nossa escolha é a Resistência!

 

Gestão Tempos de Resistir – Conselho Regional de Serviço Social 17ª Região

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