CRESS-17 na mídia: Conselho Regional de Serviço Social quer apurar responsabilidade do hospital no caso do bebê roubado | CRESS-17

CRESS-17 na mídia: Conselho Regional de Serviço Social quer apurar responsabilidade do hospital no caso do bebê roubado

02/02/2011 as 4:16

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Dois pontos chamam a atenção: exercício ilegal de profissão que teria sido praticado por Flávio e a facilidade do acesso dele a hospitais

Vanessa Rodrigues da Silva, acompanhada de seu marido Thierlis Silva (camisa azul), recebe seu filho Eduardo das mãos de policial
Além da dor da mãe que teve o filho roubado por um falso assistente social em Vila Velha na noite de sábado (29) e do alívio do reencontro, no dia seguinte, outros dois pontos chamam a atenção no caso: o crime de exercício ilegal de profissão que teria sido praticado pelo desempregado Flávio Sampaio Ferreira, de 24 anos, e a facilidade do acesso dele a hospitais. Antes de cometer o crime e ser preso, Flávio teria circulado por pelo menos três unidades hospitalares da Grande Vitória e do interior se passando por assistente social.

A conselheira do Conselho Regional de Serviço Social do Espírito Santo (CRESS/ES), Aline Pandolfi, considera inadmissível que os hospitais permitam circulação de falsos profissionais e afirma que a responsabilidade das unidades no caso deve ser investigada. “A instituição deve fiscalizar quem transita pela instituição. Deve ser apurada a responsabilidade da instituição nesse último caso. A instituição não pode permitir uma situação como essa. É inadmissível”, afirma.

A assistente social Aline Pandolfi destacou que a Comissão de Orientação e Fiscalização do (COF) do CRESS/ES irá discutir o caso nas próximas semanas. A partir da discussão serão cobradas medidas do Ministério Público Estadual (MPE).

A mãe do recém nascido, a lavradora Vanessa Rodrigues, 26 anos, contou que um funcionário do Hospital Doutor Fernando Serra, onde o bebê nasceu, em São Gabriel da Palha, foi quem apresentou o falso assistente social a ela. Segundo Vanessa, Flávio ainda tinha livre acesso ao Hospital Gran Mater, em Vitória, e chegou a visitar a criança na UTI do hospital. A administração do Hospital alegou que acreditou no rapaz e também foi vítima do golpe aplicado por ele.

A diretora geral da Gran Mater, Denise Dadalto afirmou que o hospital fiscaliza o acesso à unidade e que Flávio teria se apresentado como amigo da família.”Ele tinha acesso ao hospital, mas acompanhado dos pais da criança. Ele não se apresentou como assistente social, se apresentou como amigo íntimo da família”, disse.

A conselheira Aline Pandolfi lembra que os pacientes têm o direito de averiguar junto aos hospitais se os profissionais que fazem o atendimento são habilitados para exercer a função. Ainda diz que outra forma de verificar é confirmando o registro do profissional no Conselho Regional de Serviço Social. Mas ela reconhece que a fiscalização deve ser de responsabilidade do hospital.

“O serviço foi prestado de forma irregular. Todos os profissionais que atuam no local e a direção devem ficar atentos a isso. É inadmissível você estar debilitada e ainda ter que dar conta de verificar se o profissional que te atende é habilitado ou não”, afirma.

Sobre a circulação do suspeito de roubar a criança no estacionamento do Hospital Infantil de Vila Velha, onde a mãe da menina havia ido buscar uma medicação, a Secretaria de Saúde informou que as pessoas que acessam o hospital devem obrigatoriamente apresentar documentação.

Casos semelhantes

Cariacica
Outro caso semelhante aconteceu em outubro de 2007, em Cariacica. Uma mulher teria se passado por enfermeira, entrado no Hospital São João Batista e roubado o recém nascido Jefferson, filho do servente Paulo Jorge Martins, e da dona de casa Joice Viviane Ferreira Martins.

Na ocasião, o diretor da maternidade, Paulo Jorge Mattos, admitiu que pode ter havido falha no procedimento de acesso ao interior do hospital.

Brejetuba
A falha na fiscalização de pessoas que circulam nos hospitais também pode ter facilitado um sequestro de criança em Brejetuba, em junho de 2009. Daniela Vasconcelos da Cruz, de 24 anos teve o bebê de cinco meses levado por uma adolescente de 15 anos e pelo companheiro dela, que disseram que roubaram o bebê para criar. O fato aconteceu após Daniela ter deixado a criança com uma outra mulher enquanto iria ao banheiro.

*Fonte: Gazeta Online.

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