Confira mais sobre o debate realizado na tarde desta quinta-feira, 21
A segunda mesa do I Encontro Estadual de Assistentes Sociais e Psicólogos da Área Sociojurídica, realizada na tarde desta quinta-feira, 21, no auditório Manoel Vereza, na Ufes, em Vitória, teve como tema: “O significado da socioeducação e os desafios para o exercício profissional”.
A assistente social do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal Andréa Lagares e a psicóloga e coordenadora técnica do Conselho Regional de Psicologia da 16ª Região/ES, Ruth Batista, foram as palestrantes.
Em sua fala, Ruth mostrou que não existe apenas um significativo de socioeducação.
“Todos os envolvidos no processo da socioeducação têm um significado ou vários significados para dar. Por isso não posso achar que a socioeducação tenha um único significado. Ela tem um significado para o juiz, tem outros para os técnicos, para os adolescentes, para familiares. E esses significados às vezes se encontram”, frisou.
Diante de tantos significados, Ruth fez um alerta: “esse saber nosso não pode sedimentar a ponto de que neguemos esses significados. Impõe-se, portanto um questionamento constante do ‘a que viemos?’”.
E nesse contexto da atuação profissional, Ruth, que fez mestrado sobre Psicologia Institucional pela Ufes, chamou atenção para que a/o psicóloga/o tenha a clara percepção sobre o seu fazer profissional
“É preciso ter clareza do conteúdo e dos princípios éticos e técnicos da nossa profissão, pois no encontro das disciplinas existe sim a sobreposição. E a atuação das/os profissionais que trabalham na socioeducação, embora polifônica, com muitas vozes, deve ser sempre harmônica”, argumentou.
Desafios
A assistente social Andrea Lagares trouxe as especificidades do Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, mas também pontuou os desafios da atuação profissional.
Segundo ela, o fato das unidades estarem superlotadas e em desacordo com o que preconiza o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), influencia o modo de intervenção da/o assistente social.
“Muitas vezes a gente reproduz essa condição precária no nosso atendimento. É preciso romper com isso para a gente poder trabalhar junto do adolescente. A gente tem, às vezes, de olhar o adolescente em sua totalidade. O adolescente não se resume ao ato infracional. Ele vai muito além”, ressaltou.
Andréa ainda fez uma citação de pesquisadores da área, mostrando que se não houvesse falhas no sistema, a reincidência infracional poderia não acontecer.
“Se estudarmos o sistema socioeducativo no Brasil, vamos ver como estamos falhando. Se o sistema funcionasse, os adolescentes não iriam reincidir nos atos infracionais – (Oliveira, 2010)”, citou.
Nesse sentido, a assistente social fez a seguinte análise: “Só conseguimos ouvir o adolescente, após ele ter cometido um ato infracional, privando o direito de outro. Mas ninguém os atendia quando ele estava privado de seus direitos”.
Classe social
A assistente social citou ainda que adolescente infrator que cumpre medida socioeducativa é geralmente das classes menos favorecidas socialmente.
“Adolescente (pobre) cumpre quase três anos por roubo. Mas os assassinos do índio Gualdino (jovens de famílias com dinheiro) não ficaram nem dois anos por homicídio”, lembrou.
Após as palestras, o mediador da mesa, presidente do CRESS-RJ, Charles Toniolo de Sousa, abriu o debate que contou com muitas perguntas e considerações das assistentes socais e das psicólogas presentes no auditório.
Apresentação cultural
O grupo de pagode do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) abriu os trabalhos na parte da tarde do evento.
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