A Gestão “É preciso estar atenta e forte” – 2020-2023 manifesta o seu apoio às iniciativas dos/as familiares de pessoas em privação de liberdade que se reuniram nesta manhã 10/07/2020 em Vitória, em um ato denominado “Vidas Presas Importam”. A ação teve como objetivo principal entregar um documento construído pela Frente Estadual pelo Desencarceramento no Espírito Santo. Este coletivo plural é composto por ativistas e militantes dos direitos humanos. O documento contém uma série de reivindicações voltadas ao direito à vida, direito à saúde, direito à comunicação e o direito à informação, a fim de reduzir os impactos da pandemia na vida daquelas/es que estão sob tutela e responsabilidade do Estado.

Algumas perguntas norteadoras são fundamentais para que possamos compreender que a luta desses familiares é legitima e coletiva: Quem fica preso/a nesse país? Quais são os crimes em que a privação de liberdade é a medida para o Estado punir? As prisões são as únicas possibilidades de relação entre a sociedade e o individuo que, supostamente tenha rompido com um acordo social? Quem construiu esses acordos? Quais foram os parâmetros pensados? Estes acordos se aplicam a esses tempos? É possível questioná-los e alterá-los?

Um dos espaços de atuação das/os Assistentes Sociais é o sistema prisional em que o nosso Código de Ética preconiza o exercício profissional pautado na defesa de equidade, da justiça social e dos direitos humanos. Na defesa intransigente destes, o Serviço Social atua na direção de combater as práticas que são comuns no âmbito penal brasileiro: racistas punitivas, repressoras e coercitivas, que não possibilitam às pessoas, em situação de privação de liberdade, chances de exercerem a sua cidadania. Para fomentar o debate sobre a atuação neste espaço sociocupacional do Serviço Social durante a pandemia, acesse a publicação do CFESS http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1691