O atual contexto vem nos colocando uma série de desafios para atuação profissional do Serviço Social. Diante dessa complexa e dinâmica realidade é que trazemos alguns elementos para contribuir com o debate, na construção de estratégias coletivas, visando o enfrentamento desses desafios e o fortalecimento do projeto ético-político.
A crise cíclica do sistema capitalista, hoje marcada por uma dinâmica que aprofunda a mercantilização da vida, atinge de forma violenta a classe trabalhadora brasileira. Particularmente, aqueles segmentos mais pobres, jovens, negros/as e mulheres são as/os que mais sofrem e têm procurado todos os dias, diferentes estratégias de sobrevivência.
Neste contexto, é preciso deixar nítido que a dinâmica do capital é marcada, no seu cerne, pela desigualdade social. Não há capitalismo mais humanizado, como muitos acreditam! Ou seja, não existe capitalismo sem desigualdade social. E o aprofundamento da desigualdade social tem implicado, se não na morte de muitas pessoas, em um contexto de extrema violência no cotidiano da população brasileira.
Na América Latina e no Brasil particularmente, os processos de precarização da vida e do trabalho intensificam-se ainda mais, haja vista o papel subalterno no plano econômico e político que cumpre nosso continente. Temos aqui uma elite aristocrática/colonizada, que historicamente sempre esteve disposta a atender aos interesses da burguesia internacional.
Embora tenhamos avanços na melhoria das condições de vida de algumas/alguns trabalhadoras/es brasileiras/os, fruto de muita luta e resistência, os índices de desigualdade social no Brasil permanecem gritantes. A intensificação do desemprego, da violência, da precarização das políticas sociais públicas de saúde, educação, entre outras, nos apontam o grande desafio de compreender essa lógica, para buscarmos formas concretas de superação.
Precisamos debater um projeto societário, cujo horizonte seja a transformação social em favor das maiorias, com objetivo de romper com a especulação financeira que toma de assalto nossa riqueza, riqueza essa que é produzida pelas/os trabalhadoras e trabalhadores. No entanto, é necessário pé no chão, mente firme e unidade na luta, pois tal tarefa não tem sido fácil diante das investidas do grande capital!
Esse grande capital insaciável e que “nasce escorrendo por todos os poros sangue e sujeira da cabeça aos pés ”, agora também carrega na sua história o sangue de Marielle Franco (vereadora do município do RJ) e Anderson Gomes (motorista), executados há 01 mês, no estado do Rio de Janeiro. Os fatos nos mostram que tentaram silenciar Marielle, executando-a, pois ela representa/va um projeto de sociedade e incomodava com seu posicionamento político coerente e defesa dos direitos humanos, da classe trabalhadora. Mas, para além disso, Marielle representava, em tudo, a classe que defendia – mulher, negra, favelada, lésbica, mãe, que lutou contra o extermínio e foi exterminada.
Em uma conjuntura de destruição da vida e dos sonhos, Marielle lutou contra o extermínio do povo negro, a luta antigenocida, pela desmilitarização, denunciando incansavelmente a intervenção militar. Marielle tinha lado, tornou-se perigosa para os que não defendem a classe trabalhadora e precisaram de alguma forma parar essa história. Mas não deu certo, a luta intensificou!
Como em vários movimentos que se espalharam pelo Brasil afora, o LUTO DE MARIELLE SE TRANFORMA EM LUTA de todas/os nós assistentes sociais que fizemos a opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero .
Um luto que se transforma na luta para que todas/os tenham acesso ao trabalho, à saúde, previdência e educação pública, entre outras políticas sociais. Desafios que se colocam cotidianamente no exercício profissional das/os assistentes sociais. Neste aspecto, reforçamos a importância da organização política da categoria juntos aos movimentos sociais nesta luta, construindo estratégias coletivas que superem as demandas institucionais! Para tanto, destacamos também o trabalho de base junto aos/as usuários/as, fortalecendo as ações socioeducativas dentro dos serviços.
A Gestão “Tempos de Resistir” convoca as/os assistentes sociais capixabas a acompanhar e participar da campanha do triênio do Conjunto CFESS/CRESS – “Assistentes Sociais no combate ao racismo”, entendendo que a luta antirracista faz-se cada vez mais necessária para defesa de sociedade que queremos. Além disso, a continuarem resistentes e insistentes na defesa de um projeto de sociedade e profissão pautados nos princípios fundamentais da liberdade, defesa dos direitos humanos, à favor da equidade e justiça social, dentre outros princípios que fundamentam nosso posicionamento ético político, e que estão expressos no Código de Ética Profissional que este ano completa 25 anos de existência!
Na próxima segunda-feira, dia 30 de maio, o atendimento do CRESS-ES estará com período reduzido, funcionando das 12h às 14h. As/Os trabalhadoras/es do CRESS-ES farão uma reunião, neste dia, das 14h às 18h. Nos demais dias da semana (de terça à sexta), o atendimento presencial será realizado das 12h às 18h. Lembrando que os contatos […]
27/05/2022 as 2:51
A Comissão de Orientação e Fiscalização (COFI) deliberou por manifestar-se quanto ao cumprimento da supervisão direta de estágio direcionada de maneira impositiva por gestores, sobretudo na política de assistência social. “Temos recebido queixas por parte da categoria sobre essa questão e é algo que traz muita apreensão para profissionais que já estão sobrecarregados ou mesmo […]
26/05/2022 as 7:00
O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) publicou, recentemente, a Resolução CFESS nº 992, de 22 de março de 2022, que estabelece normas vedando atos e condutas discriminatórias e/ou preconceituosas contra pessoas com deficiência no exercício profissional da/o Assistente Social. Tal conduta é válida tanto na relação com as/os usuários quanto com outras/os assistentes sociais […]
24/05/2022 as 7:00
O CRESS-ES comunica a toda categoria que não haverá expediente na próxima segunda-feira, dia 23 de maio, sendo decretado ponto facultativo pelo Governo do Espírito Santo. Os atendimentos serão retomados na terça, dia 24 de maio. Agradecemos a compreensão de todas/os!
20/05/2022 as 11:00